1 de março de 2011

Sonho

Então eu sonhei depois de tanto tempo. Precisei escrever algo, e precisei postar algo. Faz 2 semanas que isso aconteceu, e eu sei bem o por quê. Espero que quem ler, também saiba. E quem não souber, que um dia entenda.

"Sonhei que estava no metrô.

Eram quase quatro da tarde e a multidão de botafogo ainda não havia saído de suas tocas proletárias. Dava pra sentir o cheiro do ventilador e o som dos trilhos em silêncio reticente. Apesar de não sonhar muito, esse sonho não era diferente dos outros, com seus flashes descontínuos e a ausência de noção de espaço e tempo (só sabia que eram quase quatro horas pois vi em um relógio de pulso).

Sabia que não queria embarcar, mas não sabia o por quê dessa vontade.

O metrô chega, as portas não se abrem. Mesmo assim, centenas de homens de terno e gravata, e de mulheres de camisa branca e calça preta, centenas, todos, juntos e iguais em movimentos e tudo o mais, todos começam a sair dos vagões. Agora estou da ponta do metrô e me vejo a mim mesmo, parado, olhando as pessoas passando e penso/sinto em pensamento: "Anda! Entra!"
"Volto" a mim, de frente para o vagão, e surpreendentemente olho para os lados e não me vejo me olhando de nenhuma das pontas do metrô. Esqueço isso, e entro no vagão. Sinto medo.

As luzes lá dentro estavam todas apagadas e eu nem havia notado isso lá de fora. Entrei por pressão, por insistência e por sei lá mais o quê. Talvez por ignorância. Talvez por necessidade de ignorância. Enfim, lá era escuro e, apesar de gostar de não ver nada, ali era diferente. No escuro brilhavam luzes, luzes que era imagens e imagens que eram lembranças. As lembranças eram tudo, e tudo era tudo o que eu não queria rever no escuro. Senti um medo maior ainda dentro de mim, e digo que era medo porque era frio que sentia, e frio não é nada agradável dentro da gente. Vi aquelas memórias infantis, aquelas não tão infantis, e comecei a questionar o como daquilo tudo. Foi então que notei uma capacidade.

Duas, aliás: a capacidade de perceber e questionar, o que era uma forma de controle, e a capacidade de tê-la ela própria dentro de um sonho. Aquilo foi um choque, e o metrô continuava a andar debaixo da terra no mais completo escuro. E as lembranças não paravam de piscar. Eu estava sentado e ao mesmo tempo estava de pê, coisa louca que são os sonhos. Estava olhando para direita e estava olhando para a esquerda, como se no escuro fosse capaz disso acontecer. Comecei a ver coisas horríveis, me abracei pelas pernas, caí no chão e pedi por socorro, o que foi estranho, porque não me reconheci fazendo aquilo. Como se fizesse sem ser eu mesmo.

Pedindo socorro, o vagão parecia ficar maior ainda. Comecei a dizer coisas, e como que se por reflexo de cada palavra dita, o espaço ia ser tornando cada vez maior. Eu sentia a expansão do vazio externo. O chão ficava mais fino, meus dedos sentiam isso, e esticavam do mesmo jeito quando se estica plástico barato, até que tudo pareceu esticado demais para se aguentar, e a bolha estourou.

Um grande embolorado de imagens, sons, gostos, cheiros, todas as sensações, misturadas e acontecendo juntas. Não de forma caótica, mas de forma ordenada e imperceptível, como se mil anos fossem vividos em um milésimo, e isso fosse normal. Então era no cosmos que eu me encontrava. O mais primordial universo estava ali e aqui, e eu me senti no vazio do espaço. Uma sensação tão real, mesmo que nunca vivida. Distingui algumas constelações e pude ver Trífide e Ômega claramente.

Mas meu Deus, que droga! Eu sentia novamente um medo ao ver aquilo tudo. Reconhecia significados abstratos em todas coisas e comecei a ficar desesperado. Era tudo lindo demais, e só eu estava ali. Sabia que não existiam outras pessoas, que aquele era um universo unique a mim. Fiquei com raiva da solidão, mas não quis ninguém perto de mim. Só porque podia e porque estava com raiva, questionei desde a beleza até a perfeição de tudo. E novamente, a cada palavra de raiva, o universo virava onda gigantesca e me engolia. Acho que nunca serei capaz de expressar ou mesmo de entender como a mente conseguiu tornar tão perfeita a noção de espaço de um universo te engolindo. Eu realmente senti como se o universo estivesse me engolindo. E eu era engolido por um universo. E, nossa, eu sabia exatamente tudo o que estava acontecendo.

Felizmente, caí da cama e acordei com a mão torta e machucada. Caí feio, e chorei. Chorei não pela dor, ela foi só um gatilho. Chorei por ter me visto no metrô, chorei por não ter me encontrado quando me procurei. Chorei por ter ficado sozinho e cego, e por ter visto tudo o que não queria ver sozinho. Chorei porque o vagão explodiu no vazio e porque era tudo muito perfeito e solitário. Chorei porque havia sentido O Terror de ser engolido pelo universo. Chorei porque, mesmo acordado, senti o mesmo frio que sentira no sonho, e fiquei com medo de ainda estar adormecido."

9 de janeiro de 2011

Precisamos Conversar

E é assim que as coisas termin
Eu queria tanto te falar sobre o que ando pensando sobre
Acho que perdemos um pouco da nossa vida enquan
não faz mais sentido ped
outras coisas são maiores do que nós e não perc
ou então deixamos de lado aquilo que amamos por amá
é uma guerra contra toda a realidade, com as armas qu
se nós podemos? Talvez, de alguma forma, é s
virando à direita, você atravessa a rua e espera al
até porque não faz sentido essa coisa toda que a human
valores pessoais são apenas degenerações pesso
onde ninguém mais vai, ele foi, porque sabia das d
dúvidas que deveria ter respondido quando pôde, e
porque toda vez que eu escrevo, eu penso que po
e eu sei, sei que parece mentira quando eu sou sincer
parte de mim é parte de você, e estou só quando v
não se reconheciam mais mesmo quando diziam oi um
Parece que a cada instante, a cada segundo, alguém vai dizer algo pra você, seja aonde for,
quem for, quando for, algo de significado, algo de divino, que vai te fazer chorar, te tornar
capaz de rasgar o manto da realidade e se tornar Deus. Mas é tanta esperança, que você a
coloca em todos os cantos da sua existência, e chama isso de vida. O problema é que ninguém
nunca vai fazer isso, porque ninguém nunca ainda fez e você já tentou até fazer isso pelos
outros. E você pensa: “será que eu consegui fazer isso por alguém? Será que, se eu tiver
conseguido, não me contaram?” De qualquer forma, você não sabe. Parece que cada frase
dita é incompleta, que todos os pontos finais sumiram e que alguma coisa está raptando a
sua vida, a todo instante, a cada segundo.
Falta de esperança;
E é assim que todas as coisas terminam.

Entrevista com Augusto dos Anjos

Diretamente do Canibuk (blog do cineasta Petter Baiestorf), uma rara entrevista concedida por Augusto dos Anjos ao Dr. Licínio Santos em 1912 - em 1914 Dr. Licínio Santos publicou seu livro “A Loucura dos Intelectuais”, com teorias contrárias as de Max Nordau.


1- O que pode adiantar sobre sua infância?

Augusto: Desde a mais tenra idade eu me entreguei exclusivamente aos estudos, relegando por completo tudo quanto concerne ao desenvolvimento, numa atmosfera de rigorosíssima moralidade, da chamada vida física.

2- Quais os autores que mais o impressionaram?

Augusto: Shakespeare e Edgar Allan Poe.

3- Como faz o seu trabalho intelectual?

Augusto: Durante o dia, quase sempre andando no meio de toda azáfama ambiente ou a noite deitado. Conservo de memória tudo quanto produzo. São muito poucas vezes que me sento à mesa para produzir.

4- O que sente de anormal quando está produzindo?

Augusto: Uma série indescritível de fenômenos nervosos, acompanhados muitas vezes de uma vontade de chorar.

5- Em que idade começou a produzir?

Augusto: Se não me falha o poder da reminiscência, presumo, comecei a produzir muito antes dos nove anos.

6- Quais os trabalhos que deu a luz até a presente data?


7- Sofre de insônia, cefaléia ou amnésia?

Augusto: Até esta data não sofro de amnésia. Tenho insônia raras vezes, mas a cefalalgia persegue-me constantemente.

8- Tem continuado os sonhos fantásticos?

Augusto: Quanto a sonhos fantásticos, é também muito raramente que os tenho.

9- Faz uso excessivo de algum excitante intelectual?

Augusto: Sou contra os excessos, o que não me impede de abusar um pouco do café.

6 de janeiro de 2011

Strange Phenomena of the Mind


Normalmente, eu não posto em inglês, por partir de uma política um tanto nacionalista que eu venho tentando superar ultimamente. Entretanto, alguns "miguxos" me repreenderam pelo meu recente uso exagerado da "lingua do chá" em twitter, tumblr, facebook, orkut... redes sociais em geral. Mas, convenhamos: falar inglês é charmoso, e ponto.
De qualquer jeito, é importante frizar o conteúdo desse post, uma vez que muitas pessoas cometem o erro de nomear com déjà vu momentos que não são de déjà vu;

I was, once more, doing non important stuff around the internet, when this came around accidently on my monitor. As I am a huge fan of french langue and psychological shit, the "you must post this" feeling just take part on me and, well, here it is:
(hope you may find it interesting)


Déjà Vu - the experience of being certain that you have experienced or seen a new situation previously – you feel as though the event has already happened or is repeating itself. The experience is usually accompanied by a strong sense of familiarity and a sense of eeriness, strangeness, or weirdness. The “previous” experience is usually attributed to a dream, but sometimes there is a firm sense that it has truly occurred in the past.

Déjà Vécu - is what most people are experiencing when they think they are experiencing deja vu. Déjà vu is the sense of having seen something before, whereas déjà vécu is the experience of having seen an event before, but in great detail – such as recognizing smells and sounds. This is also usually accompanied by a very strong feeling of knowing what is going to come next. 

Déjà Visité -  a less common experience and it involves an uncanny knowledge of a new place. For example, you may know your way around a a new town or a landscape despite having never been there, and knowing that it is impossible for you to have this knowledge. Déjà visité is about spatial and geographical relationships, while déjà vécu is about temporal occurrences. Nathaniel Hawthorne wrote about an experience of this in his book “Our Old Home” in which he visited a ruined castle and had a full knowledge of its layout. He was later able to trace the experience to a poem he had read many years early by Alexander Pope in which the castle was accurately described.

Déjà Senti - Déjà senti is the phenomenon of having “already felt” something. This is exclusively a mental phenomenon and seldom remains in your memory afterwards. In the words of a person having experienced it: “What is occupying the attention is what has occupied it before, and indeed has been familiar, but has been forgotten for a time, and now is recovered with a slight sense of satisfaction as if it had been sought for. The recollection is always started by another person’s voice, or by my own verbalized thought, or by what I am reading and mentally verbalize; and I think that during the abnormal state I generally verbalize some such phrase of simple recognition as ‘Oh yes—I see’, ‘Of course—I remember’, etc., but a minute or two later I can recollect neither the words nor the verbalized thought which gave rise to the recollection. I only find strongly that they resemble what I have felt before under similar abnormal conditions.”

Jamais Vu - Jamais vu (never seen) describes a familiar situation which is not recognized. It is often considered to be the opposite of déjà vu and it involves a sense of eeriness. The observer does not recognize the situation despite knowing rationally that they have been there before. It is commonly explained as when a person momentarily doesn’t recognize a person, word, or place that they know. Chris Moulin, of Leeds University, asked 92 volunteers to write out “door” 30 times in 60 seconds. He reported that 68 per cent of his guinea pigs showed symptoms of jamais vu, such as beginning to doubt that “door” was a real word. This has lead him to believe that jamais vu may be a symptom of brain fatigue.

Presque Vu - Presque vu is very similar to the “tip of the tongue” sensation – it is the strong feeling that you are about to experience an epiphany – though the epiphany seldom comes. The term “presque vu” means “almost seen”. The sensation of presque vu can be very disorienting and distracting.



Special thanks to my dashboard on Tumblr.

26 de dezembro de 2010

Banalize yourself; I don’t like it

You, please: don’t create those things that doesn’t exist, and stop showing those that are not. Don’t make me believe humam beings are so capable of finding interesting the complete inversion of all we understand; I wish I could woke up in the morning knowing that my friends are more into politics then on facebook’s “Test your IQ”. Surely, I’m not daring to say who I am, or who we are. Instead, I want to leave the question “who am I?”, or “who are we?”, because, of one thing I’m sure, and it is that nobody’s IQ test represents themselves, because people are not test results.

22 de dezembro de 2010

Shewolf

Você deveria ser um lobo, porra! Você anda sobre duas patas, tem dois braços, dois olhos, um nariz, orelhas redondas e cabelo até os peitos. Anda numa selva, caça todos os dias a sua carne, foge dos predadores, espante os rivais, marca território... só faltava ter umas crias e um alfa te assegurando tudo isso. Porque você insiste em negar a você mesma esse direito de poder descansar, de poder ficar ali, sentadinha no seu canto, só esperando a carne da caça chegar, não ter de se preocupar com os predadores, com as ameaças, só cuidando das crias, que não dão tanto trabalho assim... pensa bem, percebe: você virou uma humana, seguindo por esse caminho. Hoje você tem que fazer todas coisas sozinha, só pode contar com aqueles que você chama de amigos e daquele infeliz, retartado, cego e anormal da sua namorada! E como é que você pode chamar aquilo de namorada, hein? Ela nem te trás a carne no seu cantinho? Aliás, você nem tem o cantinho. Todas nós temos o nosso cantinho, o nosso alfa, o nosso modo de viver a vida tão igual, tão fácil, tão cômodo! Não tem nem por quê a gente se preocupar em pensar numa motivação pra viver, isso o alfa concede à nós!!! E você, com essa vida difícil, árdua, complicada, cansativa... porquê você segue nesse caminho infrutífero e completamente insatisfatório, que só vai te levar à mais insatisfação, sofrimento...

- Porque eu fui além do cantinho e do alfa, e vi que também era feliz lá.

Travesseiro de Tolstói

Tenho tido preferência por coisas simples
simples como a linha do seu vestido
e o carinho da sua mão
na minha pele culpada
e no meu osso despido
Por tanto tempo acordava cedo demais
olhava o céu e via estrelas ainda
mas olhava para mim
e via livros e autores
títulos do passado
a constelação europeia
Durmo até tarde hoje
e para sempre
não espero mais ver as estrelas
nem antes de acordar de novo, que seja
E que as minhas linhas lidas, já gastas
e que meus livros lidos, já rôtos
passem dessa para melhor
nesse inverno sem estrelas
nesse anoitecer sem a sua linha
Para que quando você acordar cedo, veja as estrelas
como eu as via, da Europa ou da China
e perceba a preferência pelas coisas simples
dentro de um livro
com um osso meu
ainda sonolento.

Crime e Castigo

São ainda duas e quarenta e sete da manhã e eu não consigo esquecer as últimas três horas e vinte e três minutos que sucederam antes de eu vir parar aqui nessa mesa de hospital.
Minha mulher teve um filho, e o meu filho nasceu paraplégico por causa de uma disfunção cerebral que ele desenvolveu dentro da barriga da mãe, que era fumante. Fumante porque o pai dela abusa dela, sempre, todos os dias quando a mãe ia sair pra trabalhar em uma empresa de telemarketing em Madureira logo de manhã bem cedo, e antes de chegar no ponto de ônibus ela passa no seu joca, jornaleiro, e comprava um maço ali com ele. Enquanto ela era abusada pelo pai, a mãe trabalhava doze horas por dia e voltava pra casa tarde demais pra poder dizer boa noite pra filha. Um dia, quando o pai dela, que aliás, nem era pai de verdade, morreu, a mãe dela a abraçou e pediu desculpas, dizendo que não sabia mais o que podia fazer, se não fumar. Dois anos depois a mãe dela morreu de câncer pulmonar que se desenvolveu enquanto ela, a filha, ia trabalhar pra sustentar a mãe doente em casa. A mãe morreu enquanto ela trabalhava na rua como atendente de telemarketing, e ela não pode nem dizer adeus, e nem fazer mais nada, a não ser fumar. Pelo menos ela pode pagar um enterro num cemitério de bacana na zona sul. No mesmo dia da morte da mãe dela, nascia uma garotinha muito lindiha, de olhos azuis, perninhas gordinhas e branquelas, boquinha vermelhinha e dedinhos do tamanho de um afago. Essa coisinha linda pra quem todo mundo olha se chamava Rebecca, com pai chamado Roberto e a mãe, Mirela. Rebecca. Eu sou o pai, Roberto. Tenho ainda vinte e oito anos, moro no Rio de Janeiro, no bairro do Flamengo, do lado da empresa onde eu trabalho. Essa empresa foi do meu pai, que morreu faz uns poucos anos, não me lembro mais quantos, mas sei ainda que foi de câncer de pulmão. Minha mãe falava que ele tomava café cedinho, todos os dias, e nunca que conseguia terminar o pão porque “o relógio sempre marcava dez minutos a mais do que ele podia gastar”, e por isso eu nunca que comi de manhã com ele na mesa. Só ficava olhando o jornal que ele tinha lido e deixado na cadeira, imaginando o que ele tinha achado do aumento da bolsa de valores de Londres, do terremoto que matou mais de dez mil no Japão, ou do escândalo de desvio de verbas dos senadores. Eu nem sabia quem era Londres e quais valores tão altos ele tinha nessa bolsa. Só sabia que ele matava a fome do café da manhã com cigarros, um atrás do outro nos finais de mês, quando a empresa fechava contas. Um dia, quando eu terminava de tomar meu café com leite, o elevador em que ele estava caiu dezessete andares direto no chão. Só o meu pai estava nele. No hospital, disseram pra minha mãe que não iam poder fazer muita coisa por ele, porque a cirurgia que podia salvar a vida dele teve de ser cancelada ao descobrirem que ele tinha um câncer de pulmão já avançado, que debilitava todo o sistema dele. Depois disso, eu cresci e entendi o que era a bolsa de valores de Londres, e entendi porque ele lia aquele jornal todos os dias. Eu consegui garantir o futuro da Rebbeca graças à essa bolsa, que nem era minha, e a Mirela podia encontrar todos os dias com as amigas aqui no apartamento, pra ficarem elas todas bebendo martini e fumando um cigarro muito fino e muito fedorento, como todos os outros, até não aguentarem mais e chamarem seus motoristas gostosões na hora de ir embora.  Num dia desses, eu fui até o cemitério conversar com o meu pai sobre o aviso de concordata que uma rival nossa havia pedido recentemente. Lá, vi aquela mulher de olhos cheios, pele morena e cabelos cansados. Ela fumava.

(continua)