
Ei-la a despedida, o adeus mórbido e calado, frio, lapidado nas curvas e retas de um mármore qualquer.
O movimento de perda, de abdicação, de frustação eterna e constante busca pela aliviação. A troca de uma busca insaciável, por ser frustada constantemente, por uma calma morta. O não viver no viver em si. O esquecimento do vir-a-ser, e adoração ao ser-o-ser. Ao me perder no vale das sombras, eu canso de me divertir dentro dele, me entregando ao infadável triste caminho que se deve percorrer.
Posso me criticar, podem fazer isso por mim, mas no fundo um Homem sempre sabe o que deve fazer. Só tem medo de admitir.
Que a minha aparente distância não me afaste da vida, e que aqueles a quem meu calor humano tentei passar continuem conectados a mim, mesmo de longe eu estando. Assim que for possível, eu posso voltar e ser algo melhor para todos. Enquanto isso, devo buscar dentro do que me é cabível de conseguir o entendimento. Essa talvez seja uma das minhas maiores metas. Outra, da qual eu abro mão agora por não poder seguí-la no caminho, é a do amor e suas vertentes. Não sei se irei sofrer menos, se me tornarei mais seco e averso do que já sou e pareço ser.
Peço desculpas profundas e sinceras àqueles que por vias magoei, mas acredito que sofrer maior foi o meu, mesmo que eu não acredite em medidas de sofrimento, porque ao final do dia ou mesmo antes dele, foram dos meus olhos que as lágrimas correram.
Não me neguem quando eu lhes procurar.
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