3 de setembro de 2009

Não faz sentido dividir as pessoas em boas e más. Pessoas são apenas encantadoras ou monótonas, dependendo do nosso grau de debilidade e desgaste mental às 7:45 da manhã, e à 13:30 da tarde.

Não vale a pena, também, dividir as pessoas em feias ou belas. São todas feias, são todas pessoas cansadas e desanimadas. E aqueles que são despertos e vivos, ficam enfeiados pela névoa de morte que ronda os mortos. 

Claro.

Não se pode dizer o que é certo ou errado, porque tudo está errado: pessoas que fingem não se olharem, quando se cruzam os olhos;
gestos desavergonhadamente contidos dentro de palavras vazias, só pra evitar uma possível exposição ao ridículo. Coisas desse tipo.

Que nojo.

Eu sinto nojo. Enojar-se é nojento, é digno sentir nojo de quem sente nojo. Olhem na minha cara: é cara de nojo. Sintam nojo dela, é nojenta. Eu faço isso, façam comigo também, pois mereço tal.

Eu estou bem, apesar de tudo. Aliás, apesar de nada.
Os últimos dois dias têm sido relaxantes. Uma ausência de odores e raciocínios argumentativos me aliviam a mente. É complicado não pensar e não dizer, e dizer não pensando se torna mais relaxante do que Jazz e vinho.

Só gostaria de compartilhar aqui que, não tenho sentido necessidade de compartilhar nada com ninguém, mas também não tenho sentido nada de ruim por alguém, nem mesmo quando deveria. Acho que estou deixando de ser misantropo. É, misantropo. Sempre fui um bocado, vez por outra um bocado demais.

Eu parei de estudar a Química, e vim estudar a vida. E cai no vestibular o que eu escrevo aqui? Cai. E cai que é uma beleza.

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