Se o tempo fosse mais alto, ele veria, do alto de nossas cabeças, as fumacinhas saindo. É, as cabeças pensantes, cabeças que pensam no futuro, que pensam no presente, passado; que pensam em tempos.

Alguns morrem pensando, outros pensam que morreram, mais vivos do que qualquer outro.

Já mortos, largam mão daquilo que são, e se tornam aquilo que queriam querer ser. É o intermédio para o que se quer ser, realmente. É mais fácil, agora, nessa época, ser aquilo que é ideal, do que aquilo que é real. E o "agora", é a qualquer dia e instante.
Não é difícil ser-se, mas quando se é, torna-se ideal. E vão-se embora todas as preocupações e problemas insolúveis; a mente abre, o corpo voa e a alma canta e dança.
Mas só há dança, com música.
 

Coloque sua música para tocar.
Dance.
 

Mas dance sendo você, seja a sua valsa, seja a sua mpb, rock, dance, trance, psytrance... dance o seu, faça o seu, e compreenda-se. Admita-se como alguém independente e forte o suficiente para não correr atrás do sofrimento, em esperança de algo bom, seja carinho, seja compreensão, seja amor mesmo.

Nenhum deles virá pelo caminho do sofrimento. 

É como procurar um trovão no eco da tempestade.

Por favor, amo-os todos, tanto, que não consigo vê-los dentro dos ecos do mundo. Quem caiu uma vez lá e voltou pra nunca mais cair, sabe o que grita e sangra. E não posso fazer muito, não faço nada, aliás; maldita essa condição de quem vê e escreve.
Quem escreve pode até "fazer mais do que quem vê, já que quem vê, nem sempre entende. Quem escreve, viu e entendeu." E da linhas de cá só saem as palavras, e os sentimentos são vocês que preenchem, são vocês que constroem, são vocês que planejam e determinam. São senhores de si, mesmo não sabendo. 

Então, façam-se um favor e tomem um cuidado maior com seus pertences. Não há achados e perdidos para sentimentos humanos.

Mas existem, por todos os lados, humanos sem sentimentos nos achados e perdidos da vida.

 Não seja mais um.

João Victor não precisa se lançar às linguas de fogo.