14 de setembro de 2009

Da sala vazia, às cadeiras partidas.

A boca que sempre fala comigo
Nunca ouve das minhas mãos
Um cumprimentar agradável
Apenas um afável e educado
"olá".

Se por pena faço isso,
Não digo, não desminto também,
Só por alguma vontade inata,
Um desejo de fazer o bem

Inata, quem diz, não conhece os perfis
Daqueles que passam dias no escuro
Sem esperar por uma luz:
Eles não sabem mais o que os seduz

Contraria à lei do Amor fingí-lo, mediocrizá-lo.
Também não deveria,
Mas poderia
Não maltratá-lo?

Não julgo, pois martelo não tenho
Não digo, pois boca deixei de lado
Pra na vinda da palavra, me atenho,
e escrever de cada dia, refugiado.



João Victor já não ouve mais nem um indigno "como vai" em resposta. Graças. Graças ?

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