É um período turbulento, esse. Muitas coisas acontecendo, pessoas entrando e saindo das vidas todas... e você fica perdido, sem saber o que achar, o que dizer, o que sentir. Constrói-se aquela maldita e inevitável barreira de sentimentos e de pensamentos, que te levam, de um jeito ou de outro, àquele mundo vazio e bizarro do cotidiano lotado e atarefado, onde cada respiração mal feita torna-se um gasto, uma perda que te desvaloriza. Não satisfeito, você perde também a única chave que abre os portões do caminho de volta: a razão. Passa a fazer uso esporádico de matérias que te desprendem de sua psiké, com a intenção dupla de entender outras pessoas, e de se desentender consigo mesmo.
Aí então você tem uma breve conversa, onde alguém que está muito mais lúcido do que você lhe recobre a alma com palavras limpas e serenas, batendo de frente com a sua incontrolável raiva e seus argumentos racionalmente válidos. Foi o poder da melodia destronando o poder do raciocínio lógico. Torna-se ridiculamente grande a capacidade da vida em se mostrar como que em certos pontos se liga e se transformando em uma igualmente grande teia de Vida.
Enfim, pra terminar, vou repetir as palavras que um amigo disse ao reencontrá-lo depois de tanto tempo:
"Oi, eu fui, mas pra voltar, lembra?".
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