4 de dezembro de 2010

Sem pre(´-)tensões

Você está livre. 
Você está livre. 
Você é livre, você vê a Liberdade, você conversa com ela nas tardes de domingo. 
Você é livre, você é livre com notas altas e com muita alegria nas palavras do seu caderno pessoal. 
Você é livre na discussão com os seus pais, você é livre na argumentação científica, você é livre na deliberação social. 

Você é livre, você é livre, você é livre. 

Você é livre quando perde o ônibus e ganha tempo pruma cervejinha com aquela galera ali, você é livre pra recusar o beck safado daquela outra galera lá, você é livre, você é livre caminhando sozinho de noite e sorrindo. Você é livre e as pessoas olham nos seus olhos. 
Você é livre e olha também, bem fundo. 
Você é livre, e se permite olhar sensualmente pra modelo andando em Ipanema. 
Você é livre pra receber de volta. 
Você é livre, você é livre, você é livre pra ter um câncer no pulmão e sentir falta do seu videogame. 
Você é livre pra beber cerveja e querer tomar iogurte de morango. 
Você é livre de jaleco e bermudão com chinelos. 
Você é livre, você é livre lendo Freud, ouvindo Placebo, escrevendo cartas. 
Você é livre soltando elogios ao vento.

Você é livre, você é livre, você é livre. 

Você é livre quando dorme sozinho, você é livre quando dorme no chão da varanda. 
Você é livre, quando você é livre. 
Você é livre quando respira, você é livre quando fuma demais. 
Você é livre, você é livre. 
Você é livre quando diz tu, você é livre quando dança na água da praia. 
Você é livre quando canta debaixo d'água, você é livre quando toca piano e acerta. 
Você é livre quando erra o número do celular do amigo, você é livre quando acerta o celular de um estranho. Você é livre, você é livre, você é livre.
Você sempre foi livre, você sempre foi livre pra perceber que era livre. 
Você é livre pra perceber que é livre.

Você é livre, você é livre, você é livre.

Você, livre. Mais do que três vezes ao dia.

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