28 de maio de 2009

Mix tape 7 when ligths are down.

Taking deep breathes takes you deep moments.
Don't confrontate your confronter
be surrounded by your self
and take place throught the sky over.

Close your eyes when they're closed to yourself and the world.
Open then when they're openned.
Be sure to take your deep breathes
Be sure to lose you deep moments.

Feel free to feel down
smile when you smile
cry when you cry
love when you love,
but never, never be apart from the behind.

Don't think that you're thinking well when you're not conscious about your own mind state.
Don't even think that you're thinking well when you know you're in a diferent mind state.
Fellings are the teachers, and reason, the student.
Sometimes, unfortunatly, pain is the lesson, but more unfortunatly, even more the regrets become our homeworks.

Party Monster.


No desespero da minha diferença, na ausência de uma comum unidade, perco-me no mundo até que, por gosto, centro-me. Centro-me em algum ponto, no meu fundo, e perco-me novamente, só que agora dentro de mim mesmo, e de tudo o que fui, sou, e possa vir a ser.

Depois eu volto de novo pra ausência. Depois eu volto de novo pro meu centro.

Miau.

O Preço de Ser Diferente.

Algumas vezes não podemos aguentar. Algumas vezes, não devemos aguentar, simplesmente.
É-se o que se é. Inevitável, inegável e indiscutível.
Que Fernando Pessoa me tome o lugar, e diga por mim palavras difíceis:



"Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,

Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.

Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo : 'Fui eu ?'
Deus sabe, porque o escreveu."

Ao meu modo, ao meu jeito, ao meu tempo, intercalo-me nas pessoas que se intercalam comigo, com a minha essência puramente dita. Não é de minha escolha, não é de me prazer ou proveito negar-lhes ao negar-me. Não é justo ser egoístamente isolante.
Sou humano, sou gente, vivo entre gente e me comporto como tal. Logo, por essas e outras condições humanas simplesmente, estou fadado ou humano. Acerto, erra, compreendo, desentendo, aceito ou ignoro. São escolhas feitas, ou impostas por nossa natureza humana, dia a dia. De tal modo, é inevitável que em algum ponto, o natural entre em contradireção com o essencial (aqui referindo-se á essência minha), gerando perturbação em mim, e nas pessoas com quem convivo e divido meu eu.
Eu poderia me utilizar de argumentações, porque sim, estou tentando me justificar, mas seria desgastante e inapropriado, posto que dar tudo na mão dos outros não faz bem algum. Tentar entender sozinho, às vezes é a melhor forma de entender as coisas.

Só estou tentando ser uma pessoa melhor e a ajudar os outros a acharem o seu caminho, seja qual for.

26 de maio de 2009

High in down.


São dois os modos: De ônibus, ou de carro.
Escolho o carro primeiro.

Ele salta de mais uma viagem de mais ou menos, 10 minutos, de trânsito intenso, música aleatória nos ouvidos, e visões do mesmo caminho sempre. As pernas bambeiam, os joelhos flexionam-se, e os passos são dados. Atravesa-se o portão negro e, assim, dá de entrada no mundo infinitamente fechado e castigante que é.

Os passos são dados, ele começa novamente com a doutrina do indiferente transitante. Cada passo seu, uma reafirmação de suas indiferenças com o todo, e só para confundir as massas, lança nos olhos um olhar potente, e cobre a boca de um sorriso calejante, que desarma qualquer sujeito. Uma saudação matinal ressoa de seus lábios recém acordados. Escadas sobe, inspetores cumprimenta, aleatórios ignora/cumprimenta.

A sala.
O lugar frio, com pessoas frias. Ele rastreia o lugar muito bem quisto, acha-o, e encaminha-se até o tal. Milhares, bilhões, muitas mãos e bocas o cumprimentam. Ele se sente drogado pela ignorante falsidade e pela perversidão da conversa. Sente-se sempre mal por conseguir tão facilmente embrenhar-se nos conteúdos, e tirando deles todos ótimas risadas para seus carrascos. Sente a presença da cadeira perto das nádegas. Sim, ele presta atenção nisso.
Acomoda-se no assento.

Fim de trajeto.
Agora, o querido ônibus.


Ele salta de uma viagem de mais ou menos, 25 minutos, de trânsito intenso, música aleatória nos ouvidos, e visões do mesmo caminho sempre. Quando se diz salta, é literal. O corpo sacode com o movimento, e sinapses se tornam mais ativas. Caminha a longos passos a distância de 4, 5 passadas. Já com cigarro e isqueiro em mãos, o fogaréu começa. É feito mágica, e o pedaço pega fogo entre os dedos. A boca puxa, a fumaça mortalmente relaxante, que passa até o fundo da garganta, rasgando os pulmões ainda gelados pelo ar da noite. Ele sempre dorme com janelas abertas, por motivos muito, interessantes.

Não se relaciona bem com a obrigação de entrar no horário pré-definido e faz de tudo, minto, simplesmente não atravessa a rua e fica prostado, lendo com olhos de cansado e faminto por algo, revistas e manchetes nubladas, cujas letras acabam no fim, por representar simplesmente nada no seu dia. Vez por outra algo o chama a atenção, mas é raro.

Um cigarro a menos, o gosto amargo do final do maldito, e o cheiro característico, que causa repulsa em uns, morte social (minha) em outros. Um presente muito digno para se dar às pessoas que tanto o incomodam nas manhãs de carro.Ele dá sua última tragada, a mais funda e doentia, pergunta as horas para o bom moço da banca de jornais e descobre-se ainda a tempo de entrar corretamente. Ri-se, e caminha na calçada. Grades pretinhas se abrem, seu corpo atravessa rapidamente o hall de recepção do inferno e, com passos mais rápidos sobe escadas. Seu corpo vai perdendo as energias, de modo fatalmente perceptível, e ele torna-se um monstro.
Dores de cabeça, dores no corpo, nas pernas, tudo, e ele bafeja o ar mal tratado em seus pulmões.

Rá, ele abre a porta da sala. Como que por magia, nota a educada e delicada corrida dos indivíduos para contar distância do seu hálito, ou mesmo de suas narinas potentes. Ele ri por dentro, com a própria desgraça. Ri mais ainda com a desgraça que a desgraça tráz. Sem problemáticas, lança olhar ao lugar de prostituição mental, encaminha-se dizendo poucas ou nenhumas palavras e, acomoda-se.

Ouve um comentário ou outro de algum infeliz, ou algum amigo, sobre o aroma. É a vitória, a vitória de tudo que é ruim, e do que nos torna seres humanos.

Para aqueles que reclamam, para aqueles que admiram, para aqueles que não ligam.

Acréscimos e deduções.


Não há disputa pior do que a interior. O céu se fecha, o mundo fica turvo, e as contradições se multiplicam e abocanham seus olhos, e nada mais você pode ver.
Indo contra, talvez, a minha própria natureza, faço do meu próprio intelecto arma de combate ao mau humor inexplicado. Explicado, talvez, pela lombeira que o amor pueril e a ignorância da idade causam em nós. Lindo é ver os resultados, e as lágrimas.
Espero estar errado.

O conteúdo das palavras se perde ante o mar de atitudes mal pensadas. As caras e bocas já não são mais as mesma e, por isso mesmo, cada vez mais, as palavras vão emburrecendo-se dentro das bocas. Cada uma pronunciada com o tom de um tiro de morte, onde o retorno não é possível, nem mesmo com a ajuda da sorte. Contatos cada vez mais ríspidos, a troca pelo valor humano em valor simples. O que é bom vai perdendo-se dentro do que é ruim. Notável a condição humana de degradar-se na procura de um bem maior do que já se tem.

Competir, jamais. Concorrer, jamais. Aceitar, muito menos.
A solução mais certíl, seria a de abandonar. Mas onde é que vai parar todo o esforço, todo o resultado obtido sem esforço pensado, não pensado. Para onde vai tudo? É tal pergunta, talvez, que me mantenha. E assim por convir, seguem algumas horas do dia, que complicam ainda mais as outras, que possuem seus próprios infortúnios.

Como é triste o que escrevo, mesmo que sem passar a ínfima parte do que sinto. E é por isso que escrevo, na tentativa de enganar meu inimigo maior (-me), ludibriando-o com as minhas tensas palavras de revolta contida.

Não existem reais prazeres no momento. As pessoas que se faziam entendíveis, e até mesmo interessantes num sentido puro e víl, se foram. Estão ou longe, ou distante demais. Só me resta a testa.

Que me perdoem aqueles que podem, ou não, identificar suas nuânces nessas linhas, mas o que é vital é incomparavelmente superior. E é isso. Mais um texto de tentativa.

Saiam da minha vida por vontade própria;;

Sergei Rachmaninov 1

Como quem teve de abrir mão do que tem
vai correndo pro fundo só pra ver o que vem
deixa de lado o que já foi e vai em busca do por vir
mesmo que o futuro próspero, assim dito, não lhe traga um
sorrir.]

Dá de mãos com o frio teu e vai rodar na roda viva
como um brinquedo sem prudência, é garota, e é incontida.

Passa como quem não vê e deixa a sua mensagem
de tom tão triste
que em riste
o próximo não lhe sente falta na passagem.

Logo vê o que se fez e arrepende-se por tal
mas do que no mundo não se arrepende, aquilo que se faz mal?
Sabe também o caminho próximo, tomada de rumo desse cá
Mas abre mão de tudo, antes que o que há de bom
se vá.

E é contida essa menina, dos olhos castos e costas feridas
pernas tortas, queixo vermelho
braços queimados e um grito que sacode o mundo inteiro!
É, menina machucada, olha nos sapatos que pisoteiam e vê-te
alí estás tu, o caminho de alguém.
Mas nem mesmo por isso recebes um vintém.

Não é de raiva que se prega aqui, ou cobrança que se faz ali
são só palavras de um ouvinte de histórias
mas que dessa vez, versou, com suas
memórias.

25 de maio de 2009

Aforismo 249 - Quem está só?

O mundo sempre vai ficando mais vazio quando vai ficando mais cheio;

os olhos quase nunca dizem quando o coração está calado;

o vento sempre venta para a direção certa, porque ele veio do outro lado, fugindo do que viu;

Duas pessoas juntas conversam mais do que dez pessoas bebendo;

o céu sempre brilha mais quando os olhos se permitem olhar pra cima;

querer voar, mas ter medo de se sentir tonto;

abraçar palavras, para não ter de escrever em pessoas;

concorrer com os menos favorecidos, para sentir-se bem;

admitir as fraquezas sempre traz uma ilusão de força e superioridade;

matar-se torna a vida mais valiosa, ou menos tediosa;

valorizar-se torna a vida mais rica, mas menos interessante;

dividir-se em alguém te multiplica, mas as faces que surgem nem sempre são boas;

não há caminhos perfeitos, mas perfeições nos caminhos;


Quando escrever se torna algo vital. Quando não poder fazer mais nada, se torna mortal.
É o fim dos tempos.
O Homem se isola em si mesmo e nos outros.

Carta aos filhos queridos.

"A Onipresença da Tua Ausência"

O comum sempre é banal. O que sempre se espera do comum, é sempre outra coisa comum. E eu estou em devaneios constantes, a cada instante, injetando letargias vagas, derivando do meu Eu um outro alguém sustentável.

O silêncio se perpetua, na comum e simples falta de palavras. Isso angustia, destrói. É a falta de informações pra poder fazer algo de bom nessa tua vida. E por vontade própria, ou mesmo alheia a mim, eu tento me calar. E me calo.

Sinto a crescente e inevitável distância. Sinto e presinto no toque, o que vai ser dito. Surpresa é quando eu sei sem tocar. Faço de cada segundo de palavras ou olhares uma tentativa, quase sempre absurdamente desesperada, para conseguir um pouco de resultados. Seja qual for, seja lá quem for se dar bem ou mal, simplesmente resulte em algo.
Saiamos da inércia de nós mesmos. Sejamos movimento.

Mas eu estou errado. Eu sempre me considero errado, e na maioria das vezes, estou certo quanto a isso. Estar errado é a única certeza.

O passar dos dias acalmou e afugentou certas cores. O som do rio não corre mais perto da casa tranquila e cheia. As crianças brincam em outro quintal, os cães ladram em outra vizinhaça.

Inevitável é se afastar. Invitável, é voltar para onde se estava, mas em outro ponto do mesmo estado. Inevitável é perder as esperanças e se sentir um derrotado, porque eu sou o meu pior inimigo e meu melhor aliado. Mas, sabe como é, nunca fui de gostar de brigas.

Eu posso mudar amanhã. Posso acordar e estar tomado de um sentimento inominável, ou mesmo muito intensamente interessante, que me faça achar as coisas um pouco menos sem graça. Mas eu tenho certeza, de que no dia seguinte a este, tudo vai ficar menos.

Tudo fica sempre menos.
Que pena.

24 de maio de 2009

Negative type of possitive.


Não expressar causa excesso de tudo.
Não poder causa vontade de nada.
Não sair causa vontade de viajar.
Não querer causa vontade de poder.
Não ser causa vontade de morrer.
Não fazer causa vontade de dormir.
Não comer causa vontade de pedir.
Não sentir causa vontade de mentir.
Não mentir causa vontade de voltar.
Não voltar causa vontade de correr.
Não correr causa vontade de fumar.
Não fumar causa vontade de beber.
Não beber causa vontade de emudecer-se.
Não falar, quase semmpre, diz tudo.

Como se não fosse algo ruim, e como se o sim, fosse algo bom.
Morde a lingua.

Olhar vazio.

Olha prum lado, olha pro outro.
Os carros não passam, o sinal está fechado.

Os pés se movimentam à frente, as pernas se esticam e contraem.
O sol brilha nas minhas costas e na minha mente, e eu caminho mesmo assim.

Estou na metade do caminho, e alguém ainda está pouco atrás.
Sinto meu corpo tremer por uma fração de segundos.

Tenho visões do futuro, e sinto as sensações do futuro.
O tempo passa em menos de um segundo, e eu ainda no meio da rua.

Minhas pernas se movimentaram normalmente, de modo imperceptível fraquejaram.
Eu estou mais perto do outro lado da rua.

Meus dedos seguram a morte, a morte eminente.
E ela sai de dentro de mim, em parte, levando consigo um tiquinho da minha vida.

Eu permaneço em fuga nos momentos que ninguém vê.
E eu ainda não saí do lugar.

Falta pouco, a rua está próxima.
O gosto da morte me detem de dizer certas palavras.

Eu mudo a vida sem fazer nada.
Eu sou covarde, e isso me faz corajoso por ser.

Sim, eu pisei na calçada.
O sol ainda brilha nas minhas costas e na minha mente.

Não estou só, mas estou quase sempre permanentemente ausente.
O sinal ainda está fechado.

Queria que ele abrisse no meio do meu caminho.

Vou passear sozinho.


Queria que as perguntas certas fossem feitas.
Que as respostas fossem mais vicerais, que viessem mais de dentro, e que fosse impossível voltar atrás.
Queria que o mundo fosse calado, que as paredes não fossem retas como são, e que as pessoas fossem mais elas mesmas.
Queria que as plantas crescessem mais rápido, assim meus netos viveriam mais anos do que a gente do meu tempo, que respira morte a cada inalação.
Queria que os livros fossem mais rápidos de ser ler, porque o meu tempo é curto, e eu nunca soube o que fazer quanto a isso.
Queria não sentir, mas que o sentimento fosse parte constante de mim, e que ele me guiasse sempre, ao invéz da insípida razão.
Queria não pensar que tudo é sonho, e que nada é satisfatório.
Queria aceitar o toque de alguém, sem antes julgar-lhe como merecedor ou não disso.
Queria dizer o que é impossível de se dizer.
Queria não querer dizer o impossível.
Queria que a felicidade não me recolhesse a mão quando eu caio, e que me assoprasse nos ferimentos da queda, pra estancar o sangue mais rápido.
Queria ter pouco de mim, e muito de todos.
Queria ser marcante, eternamente, na vida de alguém, ou nas vidas, se eu acreditar em reencarnação.
Queria que Deus jogasse Pokémon comigo, e perdesse.
Queria ter coisas que todos tem, e que os fazem serem mais legais.
Queria não ser fraco, mas tambem não queria ser forte.
Queria não sentir dor constantemente de modos tão variados. Talvez assim eu sentisse mais de mais coisas.
Queria viajar o mundo, e não estar só nessa viagem.
Queria me ver no futuro, e saber que eu não me sentiria triste com o meu passado.
Queria passar pela esquina, e entra na rua principal de algum lugar muito bonito.
Queria sentir frio quando quisesse, e calor, quando fosse agradável.
Queria saber todas as coisas necessárias para se saber nessa vida, e mesmo assim, ser surpreendido por quem eu amo.
Queria compreender a mim mesmo.
Queria que alguém fizesse isso por mim, mesmo sabendo que isso é impossível.
Queria segurar na tua mão a qualquer instante, em qualquer lugar.
Queria saber quem és tú.

Queria ter terminado esse texto de modo satisfatório.
Queria não querer mais nada, e simplesmente me refestelar em um mar de satisfações abundantemente infinitas.
Queria não precisar.

22 de maio de 2009

Randonície Subjulgada por Johnny red label:


Por que duplicar o "Eu" ? - Observar nossas vivências com o olhar com que costumamos observá-las quando são as vivências de outros - isso tranquiliza bastante e é um remédio aconselhável. Mas observar e acolher as vivências de outros como se fossem nossas - a exigência de uma filosofia da compaixão -, isso nos destruiria em pouco tempo: apenas façam a tentativa e deixem de fantasiar! Além disso, a primeira máxima é certamente mais conforme à razão e à boa vontade de ser racional, pois julgamos o valor e o sentido de uma ocorrência de modo mais objetivo, quando sucede de outros e não a nós: por exemplo, o valor de uma falecimento, de uma perda de dinheiro, de uma calúnia. Já a compaixão como princípio de ação, com a exigência de sofrer com o infortúnio do outro como ele mesmo, implicaria que o ponto de vista do Eu, com seu exagero e excesso, também se tornasse o ponto de vista do outro, do compassivo: de forma que tornaríamos de sofrer ao mesmo tempo com o nosso Eu e o do outro, e nos sobrecarregaríamos voluntariamente de um duplo contra-senso, em vez de tornar mais leve o peso do nosso.

New order.

Eu ainda vou chegar aqui, com toda a disposição do mundo, e escrever em meia dúzia de palavras o sentimento que estiver me domando. Essa será a minha grande vitória. Essa será a minha grande conquista pessoal. O meu troféu.

Eu voltarei aqui um dia, e passarei a limpo todas as minhas mais recentes experiências vividas em menos de 24 horas. Farei de mim um objeto de narrativa. Direi tudo o que for possível em palavras. Passarei para a vida mundana o que é incomunicável, e sentirei um prazer e uma satisfação pessoal, que Deus ficaria incompreensivelmente irritado.

Que as minhas palavras a cima virem cinzas, e que em nenhum dia de minha vida simples, eu me torne tão pomposo a ponto de acreditar que eu consegui, de algum modo, dizer tudo o que eu queria dizer. Eu seria tão pobre de espiríto se isso acontecesse, que poderia até perder a voz da alma.

Jamais.



Amém.

20 de maio de 2009

Não vire à esquerda. Jamais.

" Como a vida é sagaz. Se Deus se admite presente em tudo, você é Deus.
Os momentos que compartilhamos, os que estão por vir, sempre marcam a vida de um João Victor. Mesmo que a duras penas eu tenha que viver com você presente no coração e na mente, eu escolho viver-te.
A distância, a falta de tempo e de oportunidades ás vezes, as escolhas mal feitas e a fraqueza de não sentir o que é verdadeiro. O amor que existe.
Faço daqui pra frente um pacto, silencioso agora, de que o mundo deve ser visto com os olhos da vida, e a vida é bela.
Contar pros netos as histórias, e lembrar dos simples instantes, que viram uma eternidade. Como o abraço de chegada, e o de partida. Partidas essas, que daqui em diante, não existirão mais. Serão breves momentos sem tua presença física. Simplesmente.
Que o fogo queime lentamente, ou mais rápido que possível for. Mas que queime e seja. O amor e o viver são isso. Ser e não se importar com o tempo.

Tempo não existe, já dizia nosso ídolo Einstein. :D

Irrevogável amor no seu coração. "

Ás 20:11 de hoje.

Admito.

" - Acredito não haver motivações para que eu não escreva aqui. Acredito que a sua tão admirável e tenaz personalidade, que ás vezes se confunde muito com a mais pura teimosia ignorante é, no real, mítica.
Também acredito que o tempo não separa, e que isso talvez lhe seja irrelevante. A razão está sempre acima dos sentimentos em você, o que é digno de revolta. Mas também faz de você mais único ainda e importante para mim. A importância aqui não é demonstrada em palavras de acordo com o código de demonstração de sentimentos. Simplesmente o admiro, o amo, e aceito ter de abrir mão de alguns anos a mais na sua companhia neste mundo, seja por vontade sua ou de Deus. Mas ainda acredito que o médico seria uma boa idéia.
Não leve em consideração as atitudes erradas, as duvidosas e as podres. Melhore, leve. Seria mesmo a sua cara. E é ótimo assim.
Creio ter tentado denotar em palavras aquilo que nem eu mesmo entendo.
Faço um ponto final aqui, e uma vírgula nas nossas vidas.

Vitor, aquele puta abraço. "

Ás 18:47 de hoje.

19 de maio de 2009

Sunshine blows my head.

Go, look around
Can you see me there?
Step up
on the Heaven's Stairs.

Say goodbye, and grab your soul
You'll only see
what you don't know.

Simply words, make the work.
Shall I speak, as I've learnt?
No, of course! No need to enfasize
What someday you've scrutinized.

That's the way how We play;
you wait the boat;
we are the bay.

Cross an "x" where the treasure is
and somehow, someday
I'll give you my
kiss.

Matters of Dementors.

Nobody knows. Nobody Cares.
Nobody feels, as nobody shares.
Craving the words once in the wind thrown
With the fire on the eyes of below.
Taking care of the city in pain
Waiting one more day for the
rain.

Have your sits, shut your mouths
The show will being with the boy shouts'.

Cruisers, intruders, all the same under the light
Nobody cares about his sights.
Balls and knives digging holes in the sky
Nobody feels as he feels
life.

And soo on he keeps walking.
And the sun light is a stalker.
Left behind what is bigger;
Now you know that I've pulled
The Trigger.

Umas breves explicações para algumas breves perguntas:

Os títulos.
Todos eles não tiveram/não tem/não terão nada diretamente a ver com os devidos textos. De fato. Ou, o próprio texto deixará claro isso, ou o próprio título o fará. Ás vezes, será muito provável uma confusão aqui, outra ali, e em outras, os títulos parecerão ter relação com o texto.
Ilusão.

Os Textos.
Derivam de mim, unicamente de mim. Ouvindo músicas ou conversando com alguéns, serão as fontes mais ricas de inspiração. Não existem formas ou intenções fixas. Só o ato de escrever por escrever (acredito eu). São geralmente interessantes, mas eles não foram feitos para isso. Simplesmente existem, e podem agradar ou não. Contentem-se.

A Gramática.
Sim, a Grammar. Ela será um pouco posta de lado. Não há porque de exister uma preocupação com ela. Somos amigos, ela gosta de mim, e eu, o mesmo por ela sinto. Não me xinguem.

As Críticas.
Todas serão dirigidas somente a mim, via MSN. JAMAIS pelo próprio blog, porque isso aqui é tipo uma igreja evangéica. A palavra de Deus é única e prevalece sempre.
;)

Porquê Perfection on Chaos existe?
Eu gosto de escrever, isso me faz bem. Eu gosto de falar o que penso, e isso não me faz bem sempre. Então escreverei o que penso, e sempre farei um bem enorme a mim mesmo.

Lrake your beg.

Cansei de ser sexy, bitch!

Foram confusas as horas de um dia normal. A normalidade do sol e do frio da sala ainda me pertubam. Além do esperado, e do inesperado. Eu achei até a graça disso, mas foi por nada. A graça é só passageira, companheira dos momentos de pensamentos frios e calculistas, que nem sempre devem ser levados como ruins.

A fé está retornando aos poucos. Os sentimentos, se fazendo cada vez mais presentes nos meus olhares, levantando as palpebras e não deixando que eu adormeça às 17. Livros, virando passatempo comum e secundário. Estudos, ganhando propulsão astrofísica diariamente. Um mundo melhor se fazendo. Mas isso não importa. Isso é pratico. Tudo isso aí pra cima é prática. O medonho vem do que não é prátrico, do que não é racional, do que não é manual ou visível.

Sinto agora a ausência do meu Eu. Do meu antigo poder de meu seduzir com as próprias palavras, de modo intensional e inocente. Li um texto hoje, dela. Isso já me foi mais do que suficiente para entupir as artérias da criatividade. Ela é maior que eu. É mais viva, e isso me assusta.
Como eu amo tudo isso.

Tive de passar por uma daquelas situações dramáticas, onde um grupo de animais selvagens é liderado por um tipo de macho alfa, que organiza com a urina as melhores do bando. Essas, saem a procura de alimentos para saciar a fome de seu líder, seu macho, seu alfa. O nome desse evento, hoje, foi denominado festa do professor Márcio. Dezenas de pessoas sorrindo, sem o menor motivo, confrontando umas às outras em relances, de modo singular e desmedido. Na boca, um sorriso. Nas mãos, palmas. Nos olhos, variantes da mesma coisa: ódio.

Ali o ódio pode ser visto como nojo, como indiferença, como ignorância, relutância, distanciamento, falsidade, inveja, vergonha... os mesmos nomes da mesma coisa. Foi uma aula para os apreciadores da arte de observar o meio estando dentro dele. Foi caótica a resposta dessa pseudoaventura.

Nítido como adolescentes tendem a vender-se dos modos mais interessantes e repugnáveis. Chamar a atenção, seja lá como for, é uma palavra de ordem. E não esquecer: sempre desmerecer o amiguinho do lado, viado! ;)

Boring, too boring for my body. Nada como o melódico som de Dream Theater, a companhia de algumas poucas pessoas memoráveis, o olhar de umas duas. Ah, e claro! O repúdio disfarçado de repúdio de uma quem que vive recentemente a trocar olhos comigo. Ela teve o que quis, e eu dei o que ela queria. Fiz uma pergunta, recebi uma resposta indagativa, que na verdade nem era uma pergunta e sim uma constatação de que, mais uma vez, a humanidade prefere manter a pose ao viver plenamente a vida. É triste viver numa sociedade onde uma calça e um par de sapatos valem mais do que uma idéia, ou uma palavra.

Não ousei nem ao menos continuar, e fiquei feliz porque, ao menos, ví que aquele tipo de situação não mais me causaria asco. Satisfação seria a melhor palavra. Eu não tenho mais nada a ver com ela.

Página virada, fim de livro, vamos ao próximo que se segue.

18 de maio de 2009

Quem vai saber.

Eu meço no tempo o passo de agora. E o próximo instante eu sei, é quase lá.
Peço pra não saber, até você voltar.
Vai ver o acaso entregou o que qualquer outro dirá.
Parece que o amor chegou, aí.
Só parece que ele chegou, aqui.
Eu não estava lá, mas eu vi.
Eu não estava aqui, mas eu vivi.

O moço que andava lento, na espera do próximo agora anda passos rápidos, pedindo pra não saber, até poder voltar lá. Conta o que viu como surpresa do acaso, e faz do asco movimento de propulsão pro coração. Sabe que foi tarde virar ali, mas triste seria se não tivesse cortado o caminho.

Ele sempre corta. Corta profundamente.

Aproveita toda a capacidade de não ser nada e ser tudo pra preencher os espaços alheios. E isso ainda o satisfaz. Se não, o que mais? Não, ele não é triste nem digno de pena. Ele só esta ali, incomodado consigo mesmo por não ser tããão feliz como ele poderia ser. Esquece que o brilho do sol vem pela janela, e que ele não entra se ela estiver fechada. Cumpre todas as ordens, segue todas as metas, consegue todos os objetivos, mas mesmo assim não faz nada. Vive nas funções, nas idéias e nos ideais. Leva a vida devagar, pra não faltar amor.

Ai ai você que diz que não é melhor esconder um coração. Quem tem guarda, quem quer procura. Eu não quero ter pra guardar, e não quero guardar para que procurem. Mas que indiferença! Não é de meu poder escolher quem manda ou quem obedece! Escolho como, quando e qual porque. Mas não mando.

Não é muito de ganhar, mas faz o melhor que é capaz só pra poder viver em paz cada dia mais. Olha os cadernos, assombra os livros e deturpa as apostilas cheias. Revira na cama, enche a cafeteira e a esvazia. Como sempre fazia, só que ao contrário. É melhor do que se vê, e é mais visível do que se pode. Não se percebe quando se brilha, mas consegue se destacar com louvor quando se esconde. Por onde andar, sempre começo por onde a estrada vai. E não culpo a cidade, ou pai ou quem. Vou por lá andar, e o que eu vou ver, eu não sei.

Perigo é eu me esconder em você.

16 de maio de 2009

Íris

Foi como que por engano ter acordado num dia 16 de maio, tempo frio e raivoso. A cama parecia irritada comigo, me fazendo acordar durante infinitos momentos para novamente voltar a dormir sentindo todo o peso do sono mal dormido. Sonhei sonhos mal sonhados, daqueles que ficam só os relances, as sensações vagas, o medo e o desejo.

Foram horas de muita agonia e desperdício, de relaxamento e proveito. Essas horas que dormi foram muitas. O pé mal sentia o frio no gélido e morto chão que, em qualquer outro dia frio me faria tremer os dentes e arrepiar os pêlos. O chão estava quente e a janela estava aberta, assoprando no meu corpo misto de quente e frio. O escuro se tornava por alguns instantes de ventania um pouco mais iluminado, deixando assim a vista alguns dos meus livros e o meu próprio quarto. O vento também insitava o meu olfato, fazendo com que eu sentisse todo o cheiro do mundo lá fora, do frio lá fora, do frio aqui dentro. E o meu olfato não sentiu o meu cheiro como de costume. Um ritual incontrolável, onde meu corpo demonstra vida própria, mostrando-me que eu sou dele.

O cheiro de eu impregnado no pijama fino e azul claro, mangas largas, calças leves. O cabelo denotando toda uma preocupação em mostrar em si, meu estado. Os olhos, quase fechados como sempre. A boca, seca como O Coração do Esquecido. O chão já não era mais tão quente e afável. Suas agulhas penetravam meus nervos, rasgando todo o meu prazer de manter-me inerte em mim durante um tempo pouco, tempo esse, sempre eterno e válido. Alguns poucos livros encima da mesa farfalhavam as folhas com o vento. Via páginas de textos distantes e tão próximos quanto o Sol da Lua. Precisava procurar um calçado.

Mover-me não era fácil assim. Locomover-me então, era de um progresso descomunal. Mas eu tinha de ir, tinha de fazê-lo. Calçar meus chinelos talvez me desse mais alguns minutos de uma boa respiração. Dois passos e os encontro, juntos, um ao lado do outro em perfeita simetria, no lugar onde sempre deixo. Pés em chinelos, olhos já na sala,eis que muda o ar. De frio-intenso-não-frio, a atmosfera torna-se absurdamente abafada. Lógico, estava amena para mim, mas completamente abafada para pulmões congelados, que logo se sentiram atacados pelo inimigo e provocaram em mim o infalível e inevitável afogamento das minhas respirações. Estava mais uma vez com a respiração dificultada.

Sim, eu sofro de dificuldades respiratórias. Ninguém nunca percebeu, ninguém nunca reparou. Na verdade veio-me à memória de um dia na minha quinta série, quando o tempo não era muito diferente do de hoje e o vento batia em minhas costas. Quando uma linda garota que estava enrolada em meus braços com seu casaco marrom e olhos verdes, emoldurados em um rosto branco e pintadinho, com cabelos negros feito o medo, disse-me: " - Você tem uma respiração muito forte. Isso não te faz mal? "
Respondi que eu sempre havia respirado assim. Então ela me indagou:
" - Já foi a um médico? Você pode ter alguma dificuldade e não saber. "
De fato, ela sabia. Ela sempre soube, sempre reparou, mas nunca havia comentado. Depois desse dia, eu sempre reparei e reparo na respiração das pessoas.

Sempre.

Algumas vezes eu lembro dela, quando as minhas narinas abrem deseperadamente procurando pelo ar que me falta. Quando a minha pulsação aumenta, tentando bombear mais vida em mim. Novamente hoje, com o vento nas minhas costas me rasgando a alma, eu senti aquele calor humano e vi, vi novamente tão de perto aqueles lindos olhos. Quem dera poder respirar o mesmo ar que ela novamente.

Nada muito corajoso.

Foi andando pela rua, conversando com um amigo, que ouvi uma daquelas frases que mudam o seu dia. Vez por outra, até a semana, o mês, ...
" - Você deveria
olhar mais pros lados, antes de atravesar a minha rua. "

Como eu não havia pensado nisso antes? Como eu não havia nem ao menos reparado que havia cruzado
ruas, e que nesse cruzar tão incessante, eu poderia ter me matado mais um pouco? Ah, pois é, eu sempre faço isso sem olhar pros lados. Essa frase foi dita logo em seguida a um comentário meu, algo do tipo: " (...) como se o mundo não fosse só um mundo, uma desculpa pra se encaixar em algum canto. Você não precisa disso, e sabe, e isso me incomoda um pouco. "
Noção do que eu digo, do que eu penso, do que eu faço, do que eu
atraveso. Ás vezes isso me falta, eu não percebo e me complico, confundo a mente do lado e causo danos. Danos que eu queria sarar.

Um desabafo descorajoso, visto que eu não tenho coragem nem de olhar pros lados.

Le monde, les lettres.

Que seja feita a minha vontade.
Que seja esquecido todo o antes, e que sejam sempre lembrados os agoras.
Onde o que vier fica, e o que passar deixará marcas.
Não precisamos nos explicar, somos de casa, podemos transmutar o mundo aqui em palavras e, mesmo assim, ainda não precisaremos nos explicar.
Que o mundo vire letra, e que as letras, virem os mundos.